sábado, 11 de abril de 2009

Não quero mais mentir!!!!

As musicas que acompanham nossas vidas são lembradas em momentos tão estranhos quanto aqueles em que foram escolhidas para marcar fatos e eventos importantes, saudosos, tristes que mostram nosso modo de viver e refletir.
Hoje veio a mente “cegos do castelo”, do Nando Reis.
Diz assim: Não quero mais mentir, não quero mais usar espinhos que me causam dor, não quero mais enxergar o inferno que me atraiu e vou me despedindo dos cegos do castelo e vou seguindo minha vida.
Menti muito nessa vida de meu Deus. Quem nunca mentiu? Que atire a primeira pedra. A pior mentira é aquela que contamos a nós mesmo, novamente um texto de uma música. Menti acerca do que sou, do que penso, do que realmente almejo nessa vida. Menti para agradar uns poucos ou a muitos que amei ou amo. Minto porque sou fraco. Fraco por não enfrentar a vida. Essa terrível coisa que me faz esconder de mim mesmo. Esconder em mascaras que me enganam de forte. Não faço teatro. O meu personagem toma conta de mim. Ele assume minha vida e minhas responsabilidades. O que sou hoje é reflexo de uma construção em que uns dos tijolos é a mentira. Tijolos que não sustentam, que são ilusórios, que estão prontos a cair a qualquer momento. E não quero mais isso. O que fazer?
Não mentir seria a resposta primeira. Substituir esses tijolos por algo verdadeiro. A verdade, esse conceito tão procurado. Que verdade sou eu? Corro a busca dessa verdade. Pois a verdade é a única que liberta. Ser livre de algo, alguém, coisas, idéias, passado, da solidão, do presente e conseqüentemente um futuro feito por mim e não por outros.
Esses tijolos que usei me causam dor. Me desfaço deles. Tomo cabo deles. Destrono qualquer espinho que me causa dor, pois são espinhos colocados para me deixar pior do que sou. Espinhos que me ferem e a quem amo. Reajo muito mal a dor, perco o controle, e uso mais mentiras para sarar. Esse é meu remédio aos espinhos. E a verdade, essa sim não é um remédio, ela é a cura. Deixo apenas o espinho essencial a vida. O espinho que fala a mim o quanto sou humano, sou dependente, o espinho que me traz a minha real situação. Sou uma pessoa em eterno conserto. Não a perfeição, mas sim ao processo de cura. A cura real que liberta.
Cura que liberta de um inferno ao qual fui atraído. Que maravilha de inferno. Inferno que momentaneamente me faz feliz, alegra e satisfaz. Quero e vou usar tijolos da verdade. Que me afastem de uma construção pueril. Tijolos que me fazem não enxergar os infernos que me atraiam. Mudar de visão. Enxergar uma nova vida. Me despedindo das amarras que prendiam. Das cegueiras que me faziam ver o antigo e ver o novo. Dos cegos que não tem caráter, personalidade. Deixo tudo isso sem dúvidas e dor. Que me venha o novo. Nova vida, novos tijolos para construir, novo futuro, nova forma de encarar a vida, livre de tudo, tudo que me aprisionava. O novo sem artifícios. Pra me encontrar e quem realmente me ama. Ter o básico na vida, que é o amor.
E como termina a musica..., vou cuidar da minha vida como um jardim...,
Vou cuidar muito bem dela...regar carinho, respeito, amor, tirar espinhos, ser simples e verdadeiro.
Ser livre, livre na verdade!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

MOMENTOS DE DOR

Quem de nós não teve um momento de extrema dor? Quem nunca sentiu, em algum momento da vida, vontade de desistir? Quem ainda não se sentiu só, extremamente só, e teve a sensação de ter perdido o endereço da esperança?
Nem mesmo as pessoas famosas, ricas, importantes, estão isentas de terem seus momentos de solidão e de profunda amargura...
Foi o que ocorreu com um dos mais reconhecidos compositores de todos os tempos, chamado Ludwig Van Beethoven, que nasceu no ano de 1770, em Bonn, na Alemanha, e faleceu em 1827, em Viena, na Áustria...Beethoven vivia um desses dias tristes, sem brilho e sem luz. Estava muito abatido pelo falecimento de um príncipe da Alemanha, que era como um pai para ele...
O jovem compositor sofria de grande carência afetiva. O pai era um alcoólatra contumaz e o agredia fisicamente. Faleceu na rua, por causa do alcoolismo...Sua mãe morreu muito jovem. Seu irmão biológico nunca o ajudou em nada, e, some-se a tudo isto, o fato de sua doença agravar-se. Sintomas de surdez, começavam a perturbá-lo, ao ponto de deixá-lo nervoso e irritado...
Beethoven somente podia escutar usando uma espécie de trombone acústico no ouvido. Ele carregava sempre consigo uma tábua ou um caderno, para que as pessoas escrevessem suas idéias e pudessem se comunicar, mas elas não tinham paciência para isto,e nem ele para ler seus lábios...
Notando que ninguém o entendia, nem o queriam ajudar, Bethoven se retraiu e se isolou. Por isso conquistou a fama de misantropo. Foi por todas essas razões, que o compositor caiu em profunda depressão. Chegou a redigir um testamento, dizendo que iria se suicidar...
Mas como nenhum filho de Deus está esquecido, vem a ajuda espiritual, através de uma moça cega, que morava na mesma pensão pobre, para onde Beethoven havia se mudado e lhe fala quase gritando:“Eu daria tudo para enxergar uma Noite de Luar”.
Ao ouvi-la, Beethoven se emociona até as lágrimas. Afinal, ele podia ver! Ele podia escrever sua arte nas pautas...
A vontade de viver volta-lhe renovada e ele compõe uma das músicas mais belas da humanidade: “Sonata ao Luar” Alguns estudiosos de música dizem que as três notas que se repetem, insistentemente, no tema principal do 1º movimento da Sonata, são as três letras da palavra “why”? ou outra palavra sinônima, em alemão..
.Anos depois de ter superado o sofrimento, viria o incomparável Hino à Alegria, da 9ª sinfonia, que coroa a missão desse notável compositor, já totalmente surdo.
Hino à Alegria expressa a sua gratidão à vida e a Deus, por não haver se suicidado...
Tudo graças àquela moça cega, que lhe inspirou o desejo de traduzir, em notas musicais, uma noite de luar...